sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Benjamin Button: For what it's worth: it's never too late or, in my case, too early to be whoever you want to be. There's no time limit, stop whenever you want. You can change or stay the same, there are no rules to this thing. We can make the best or the worst of it. I hope you make the best of it. And I hope you see things that startle you. I hope you feel things you never felt before. I hope you meet people with a different point of view. I hope you live a life you're proud of. If you find that you're not, I hope you have the strength to start all over again.


tradução:
*Benjamin Button: Para o que vale: nunca é tarde demais ou, no meu caso, muito cedo para ser quem você quiser. Não há limite no tempo, pare quando você quiser. Você pode mudar ou continuar o mesmo, não há regras para isso. Nós podemos fazer o melhor ou o pior. Espero que você faça o melhor. E eu espero que você veja coisas que te sobressalte. Eu espero que você sinta coisas que nunca sentiu antes. Eu espero que você conheça pessoas com diferentes pontos de vista. Eu espero que você viva uma vida que você tenha orgulho. Se você descobrir que não, eu espero que você tenha a força para começar tudo de novo.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Paciência

Já disse Rilke, ela é tudo.

Todo mundo que me conhece pelo menos um pouco, sabe que se tem uma coisa que eu definitivamente não sou é uma pessoa paciente. Com absolutamente nada; das coisas mais simples às mais complicadas. Eu me apresso pra fazer uma coisa que nem sequer tem prazo. Deve ter algo a ver com o medo da perda de tempo, o que no final acaba sendo paradoxo, porque acabo perdendo tempo fazendo as coisas erradas achando que são as certas. Enfim.

Enfim nada, aí é que tá o ponto. "Acabo fazendo as coisas erradas achando que são as certas". Cê me entendeu? A pressa sempre me fodeu. Sempre meto os pés pelas mãos. Seriously, tô tentando pensar em como extender o assunto e chegar numa conclusão, mas eu simplesmente não consigo, porque essa paciência que estão me exigindo tá chegando no limite e eu honestamente não consigo focar numa solução pra isso, porque é muito pra minha cabeça e pro meu coraçãozinho desmiolado. Não tenho habilidade mental pra esse requisito atual, beijos.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Aponta e rema

Quando dói a alma.

Engraçado como são as piores coisas que nós interpretamos como reais, e como as verdadeiras nós nunca acreditamos. Ok, nesse caso, realmente não dá pra saber o que acontece, mas seria tão mais simples nós tomarmos a água do copo ao invés de fazer uma tempestade dela, não?

Palavras tão minúsculas. Insignificantes. Supérfluas. Tamanho inversamente proporcional ao sentimento causado em quem lê. Dói. É faca no peito; estilete na veia; é escorregar num tobogã cheio de giletes e cair numa piscina cheia de álcool. E durante esse processo, a máquina. A incrível máquina da mente humana, capaz de fazer milagres em situações que nem sequer existem. Capaz de construir castelos dentro de submarinos; capaz de transformar uma formiga em heroína de guerras mundiais.

Sim, são exageros exuberantes - até na redundância. Porque é disso que a mente é capaz. Tudo arde, tudo machuca, tudo corta, tudo belisca, tudo DÓI! Excessivamente. Por alguns minutos, o mundo ao redor passar a ser um vazio; não há olhos que enxerguem a realidade, não há santo que acalme o espírito e essa agonia que tira o ar do pulmão.

Depois, a impotência. Já disse que considero esse o pior sentimento existente. Não há muleta pra se apoiar; não há palavra que conforte; não há carinho que sustente. Depois de alguns - muitos e quase impossíveis de respirar - minutos, a calmaria. Que podemos fazer? Na-da. Esperar o otimismo voltar. Aguardar a fé que insiste em fugir de nós nos momentos em que mais precisa retornar.

A fé. É remando em direção à ela... que tudo se torna menos dolorido.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Ninguém mais

Porque é você. Assim mesmo, com os olhos marejados; com esse jeito moleque de ser ao mesmo tempo que homem, homem suficiente pra dar gosto com uma voz grave e um gesto forte que ao invés de agredir, só conforta um pouco mais do que o comum.

Porque é você. Desse jeito manso ao atender o telefone; desse abraço-almofada-de-cetim; dessa leveza num sorriso pela metade que demonstra alívio por um momento finalmente feito; das palavras recíprocas por um olhar pacífico.

Porque é você. Com sua blusa azul e branca tão macia quanto imaginamos ser o céu e as nuvens. Com seu terno marrom tão charmoso quanto sua barba por fazer no meio da semana. Com sua samba-canção que instiga tanto quando a velha camisa preta listrada.

Porque é você. Ao soltar uma risada bêbada tão gostosa que me faz rir de alegria por poder estar ali naquele momento. Ao justificar perguntas tolas com o amor dentro do peito. Ao me tocar com tanta leveza a ponto de criar dezenas de sensações diferentes a cada segundo.

Porque é você. Que transmite paz, que passa loucura, que é sinônimo de felicidade.


Porque é você.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Days of wine and roses

Não são as feridas que doem.
São as lembranças.

E é, é fato. Tantos anos, tantos meses, tantos dias, tantas horas, tantos minutos... bons, felizes, plenos! A plenitude nós só damos valor quando a perdemos. Isso quando nem sabíamos de sua existência... até sentir a falta do que pensávamos não ser palpável.

Nos minutos de um silêncio confortável as histórias se repetem como num filme; a sensação da respiração na nuca é quase e perfeitamente real se fechar os olhos calmamente. As palavras sussurradas no ouvido são claramente ditas se houver o mínimo de concentração sensitiva. O leve toque na pele macia é evidentemente arrepiante se a imaginação for milimetricamente sentida.

Sentir é uma arte. Sentir quando não há nada para apreciação é uma obra dela. São as lembranças reaparecendo, sem pedir permissão. E não há protestos. Porque apesar da dor, é por meio delas que é possível quase que reviver um momento que julgamos tão bom a ponto de ser inesquecível. E enquanto o julgarmos assim, seremos eternamente gratos por termos essa possibilidade de ser artista; de sentir.

Até a própria dor... quem nunca gostou de se auto-mutilar uma vez na vida? O sofrimento é uma arte. A alegria é uma arte. A paz é uma arte. Toda e qualquer forma de sensação é arte da vida... a incapacidade de sentir é morte. E não sentimentos negativos; esses, por incrível que pareça, têm significado.

A inaptidão pra arte é viver como morto.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Fuck!


Só hoje tive tempo - depois de trabalhar o dia inteiro nos últimos dias - de ver pelo youtube a Kate Winslet ganhando os prêmios de melhor atriz coadjuvante e melhor atriz no Globo de Ouro desse ano. Seriously, essa mulher é divina. Ainda não vi os filmes, mas eu sempre acreditei no trabalho dela. Me deixa puta ver que algumas pessoas ainda a conhecem como a "ex-gordinha do Titanic". Ai, meu cu. Meu cu bem grande. Ela é espetacular. Coisa mais linda ela agradecendo, coisa mais linda a relação dela com o Leonardo DiCaprio, coisa mais linda a espontaneidade e a sinceridade dela, aaaaaaaaaaah! Puta que pariu! Ela é linda demais! Agora vem o Oscar, lalala... tenho muito o que fazer no cinema esse mês. Tem bastante coisa boa esse ano... até O Casamento de Rachel com a horrorosa da Anne Hathaway me apeteceu. Quero muito ver a maioria dos concorrentes, coisa difícil de acontecer já faz alguns anos... ai, ai. Que orgulho da minha favorite british person!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

e-go-a

Desapego-ego-ego.
Ego. Égo. Ego.

Já repararam como essas duas palavras estão estranhamente conectadas em seus significados?? Talvez em seus contrários. Talvez em suas semelhanças. Ao meu ver, tem tudo a ver.

Tão difícil é desapegar por que? Porque é questão de ego, oras! De maciez... e por que cargas d'água esse filho duma égua é tão valorizado? Sabe lá, meu camarada. Suprir vazios que naturalmente já são tão vácuos e ninguém enxerga. Não enxerga porque não quer enxergar, porque nega-ega-ega. Ego. Opostos. Mas tão semelhantes... pense.

A cura é a dor. A dor é a cura.
E não é?

domingo, 11 de janeiro de 2009

Oblivion

Esquecimento. Até que ponto temos que superestimá-lo?

Não adianta, não é como apertar um botão de on/off. Isso não existe, e atire a primeira pedra quem realmente já conseguiu fazer essa teoria funcionar. Não dá pra negar um fato. Não dá pra ignorar uma realidade. Se a vida fosse como um arquivo de computador, onde a gente pode apertar o 'delete' any time we want... it would be too easy. Não haveria sofrimento. Não haveria tristeza. Nem guerras existiriam!

Tem que ter um equilíbrio. E é justamente por isso que essa tese é uma utopia. Se um ser humano de fato conseguisse apagar qualquer episódio desnecessário de sua vida, qual seria o sentido de viver um dia após o outro e ter o que contar no final de tudo? Seria tudo tão vazio... páginas em branco de um livro sem final.

Não é assim, as coisas não somem de um dia pro outro só pela força de um pensamento. Sim, existem coisas maiores e mais poderosas do que a nossa própria energia e luta interna... e que como eu disse alguns posts atrás, não adianta tirar o escudo da capa e se proteger como se um concreto fosse suficiente para se livrar de batalhas internas. É como se empurrasse pra debaixo do tapete... a gente não enxerga, mas está sempre lá. E um dia, qualquer dia, volta pra nos mostrar que somos fracos diante de tantos mistérios maiores do que podemos imaginar.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Não nos contaram...

Hoje vou deixar alguém falar por mim...
(quando descobrir o autor, posto aqui)


"Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado nem chega com hora marcada.

Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.

Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um", duas pessoas pensando igual, agindo igual, que isso era que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.

Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.

Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.

Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.

Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo prá gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém."

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

"Não há satisfação em enforcar um homem que não faz objeção a isso." (George Bernard Shaw)

E sim, é fato. Que graça há?
Mas ao mesmo tempo, de que adianta ele lutar contra algo que é certo, que é inevitável, que ninguém pode alterar? Mais um paradoxo.

É uma briga eterna até que o fatal aconteça realmente. Afinal, não é de qualquer coisa que estamos falando, é da vida de alguém. Como alguém se submete ao fim sem lutar? Como alguém pode ter tanta certeza que a vida não vale? Como alguém pode ter tanta certeza de que um fato é definitivamente inalterável? Como alguém pode ter tanta certeza que é o fim sem debater suas próprias razões e princípios?

Que a rotina e a sobrevivência já é uma batalha, eu entendo. Mas e quando ela é posta em questão? Você cede, de graça? Sem ao menos lutar pelo seu certo? Outro fato é que a vida realmente dá voltas. Hoje nós julgamos o que podemos ser julgados amanhã. Como também é impossível - e nem um pouco digno - cuspir no prato onde já comemos.

Eu não sei se coloquei algum sentido nesses parágrafos... o lance todo aqui é aquele tal do conformismo. Até que ponto temos que nos conformar? Até que ponto temos que nos estabelecer definitivamente contra algo que nem sabemos realmente se é fato? Certas coisas, incontrolavelmente, estão fora do nosso alcance. E por mais que você tire seu escudo e sua espada de dentro da capa, o tempo acaba mostrando que não é bem assim.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Roda mundo, roda gigante

Eu acho incrível a capacidade do ser humano de se viciar em círculos. Elas cometem um erro, se acomodam nele; e depois, como se nada tivessem feito, reclamam da própria ação.

O negócio é o seguinte: nada nessa vida pode se acomodar. Na-da. A partir do momento em que as coisas ficam confortáveis, elas se estragam. E isso tanto vale para coisas positivas como negativas. Você se acostuma e passa a exigir sempre pela mesma coisa, se aconchegando como um cachorro em sua almofada. E é óbvio que não vai querer sair dali nunca. Não há santo que suporte.

A vida é sempre é um teste, eu acho fantástico. A gente experimenta, saboreia cada pedacinho de cada experiência, e erra. Mas erra porque faz parte, porque é natural; não é só no erro que a gente aprende? Mas a gente esquece que essa primeira vez - e eu digo em qualquer aspecto vivido - é justamente pra tomar como lição. Pra fazer diferente da próxima vez. Justamente pelo maldito comodismo. E assim fica completo o círculo vicioso.

Qual a vantagem de passar por uma experiência, errar e não usar como lucro em eventos futuros? A tendência maior é só lamuriar. Lamber feridas. É mais gostoso ser acariciado do que tomar um gole de verdade, se conscientizando que o erro está dentro, e não fora. É mais cômoda a mentira (ou seria enganação? ou eu estou sendo redundante? ou seria a redundância também cômoda?), não é mesmo? Triste é saber que a grande maioria - e eu estou longe de me excluir dela - não tem ciência de nada disso.

E o mundo continua girando no mesmo movimento.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Funny how it is...

E um dia desses, um grande amigo - esse que descobri recentemente (apesar de conhecê-lo há alguns anos), em meio as loucuras da vida - me disse num momento de certo desconforto, onde minha mente se encontrava a quilometros de distância de onde eu realmente estava que, mesmo com todas as angústias e tristezas, eu só tenho 20 anos. De início, questionei. Não entendi. "A beleza de só ter 20 anos. De ter uma vida pela frente." E aí, ele me pegou.

Eu só tenho 20 anos! Tenho um leque infinito de oportunidades. Tenho tempo pra fazer diversas descobertas, dos mais variados tipos. Tenho muito o que ler e absorver. Eu só tenho 20 anos! Eu mal saí das fraldas! A vida tá aí, bonita que só, me esperando abrir os braços pro abraço que não tem fim.

E é verdade, e é fato; essa vontade de morrer pelo que de fato não mata é completamente mesquinha e limitada. Eu, que sempre me enojei com limites.

E é verdade, a vida é uma caixinha de surpresas. Tem sempre alguma coisa ali, reservada, com um laço em fita colorida, pra gente ter o prazer de desenrolar cada pedacinho dele e ver o que há dentro do pacote.

A beleza de ter somente 20 anos é realmente infinita.
Beijo, filhote querido.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

What can I say?

Já faz alguns anos que eu sempre faço listas de fim de ano. Primeiro, a lista de positivos e negativos do ano que passou. O que errei, o que acertei, o que aprendi, o que fodi, enfim. Depois, a lista de afazeres pro próximo que chega. Um monte de itens (a maioria supérfluos) que eu me prometo fazer durante os doze meses que tenho pela frente. E esse ano, eu simplesmente deixei tudo isso pra trás... Tudo o que fiz, tudo o que aprendi, toda a experiência adquirida em 2008... está tudo registrado em rascunhos (esses que só eu tenho acesso), em memórias, em caixas, em cartas, em fotos, em objetos, em lugares e paisagens. O que eu tenho que fazer, ah, isso é bobagem. Eu sempre escrevo listas enormes, com montes de objetivos, e nunca consigo concretizar absolutamente nada. Em compensação, muitas outras coisas são alcançadas. Coisas que nem imaginava ou cogitava fazer. E acho que essa é a graça da coisa toda... não saber o que vem, e ser levada pela correnteza. E nessa maré toda, apreciar cada mergulhada. E principalmente: saber que tudo, absolutamente e inevitalmente, tudo tem um fim. E que nem todo fim tem que ser doloroso. E talvez, enterrar certas coisas com a paz da consciência de que foram valiosas e bem aproveitadas, e não com o remorso do não-feito, ou até do mal-feito. Eu acredito piamente (e isso eu aprendi assistindo Charmed na minha infância... rs...) que tudo acontece por uma única razão. E essa razão, a gente acaba descobrindo com o tempo, com novas experiências, com realizações, com decepções, enfim, com a vida. Essa vida, louca vida. E essa é a única coisa que eu quero pra esse ano que chegou agora. A razão e a paz da conscientização.