domingo, 21 de fevereiro de 2010

absolutopresente




Como é que faz pra pensar rápido diante de um momento que pode mudar toda nossa perspectiva, nossa visão e nosso futuro-mais-que-perfeito? Existe fórmula pra saber o que dizer na hora certa e dizer o dizer tão correto dos dizeres dentro dos olhares? Como é que sintoniza a sintonia? Existe uma estação específica? Existe aquele segundo exato em que soltamos a frase exata pro momento exato acontecer na exatidão do destino que deveria ser e não é? Destino somos nós quem fazemos? Quem disse?

A crueldade da verdade.

Crueldade? Quem definiu a verdade como cruel?
A verdade foi feita pra ser nua. Nua... nossa nudez deveria ser diária. Nos atos, nas palavras, nos olhares. Tem nudez mais bonita que a do ser humano? Virar do avesso! Quem há de ter a coragem de se despir de todos os medos, aflições, desejos e todos os infinitos sentimentos dentro do que chamam de humanidade? Tira, arranca todos os tecidos, todos os acessórios e se mostre pro mundo! Na perfeição da simplicidade e do natural.

A verdade deveria ser dita como que num impulso na hora da sede e da fome. Engulo verdades como engulo meu almoço. Necessito delas como preciso da minha janta todos os dias. O fazer de fato acontecer. E viver. O presente-mais-que-perfeito. Sem imaginações de um futuro incerto, mas sim o absoluto presente.

O absoluto presente.

Quanto mais perguntas, menos respostas.
Se todos tirássemos as roupas... não haveriam perguntas, e somente respostas. Teria algum tipo de excitação nisso?

Perguntas, perguntas... existe algum tipo de certeza?

Pessoalmente, eu diria que na nudez da humanidade, há mais excitação do que em qualquer tipo de sexo, chocolate ou abismos. Mas, se todos gostassem do verde, o que seria do vermelho, não é?

E nesse meio todo de variações, nós continuamos a brincar de adaptação, de contorcionismos e jogos de vocábulos.

Brincar de ser humano.