quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A polêmica de Bastos


Graças a Deus nós vivemos em um país democrático (ou quase lá) e possuímos um tipo de liberdade que algumas sociedades no mundo não tem: a de expressão.

A liberdade de expressão vive entre nós e devíamos agradecer por tal privilégio. Nosso país, apesar de todos os problemas socio-econômicos, é liberal e não prende ninguém a defender seu ponto de vista.

A polêmica de Rafinha Bastos atacou geral e arquibancada. Humorista afiado – e contra humor eu nada tenho! Acho fundamental e se me perguntar, eu tento rir de mim mesma o dia todo para as horas ficarem mais leves – não há melhor remédio pra isso. Mas acredito que a partir do momento em que sua opinião é dada publicamente, o bom senso e o limite devem andar de mãos dadas com a piada. Respeito é bom e todo mundo gosta, não é?

Mas são dois fatos que me deixam intrigada.

Primeiro: a Wanessa Camargo foi ofendida como milhares de outras mulheres foram ofendidas por ele. A única diferença é que ela (assim como Bastos) tem influência nacional e o processo virou manchete de qualquer revista e jornal. O estardalhaço se inicia a partir do momento que uma mulher conhecida nacionalmente luta pelo respeito que deveria ter recebido. Respeito que milhares de outras também deveriam ter obtido – mas como não estão na mídia, não existem, não é?!

Segundo: comparar política com a polêmica. A frase que anda rolando pelas redes sociais é a seguinte: “Brasil: um país onde políticos são levados na brincadeira e humoristas levados a sério”. Não tiro a razão da frase, muita calma. Realmente, se todos se movessem contra políticos da forma como fizeram com Bastos, teríamos um rascunho para iniciar uma mudança na política brasileira. Mas a questão é que ninguém mexe um músculo para tal.

Por que? Porque é fácil ligar a televisão numa segunda-feira e sacar piadas. É fácil ver neguinho enfrentando celebridades e políticos com assuntos variados em forma de humor. É uma linguagem simples, não é?

Mas estudar e avaliar histórico e objetivos de candidatos atuais para a próxima eleição, ah, isso é difícil.

Então, eu só tenho mais um adendo a isso tudo: se 1/4 dessas pessoas que estão comparando Rafinha Bastos com política conseguir me responder em quem votou na última eleição (estou sendo boazinha – pensei em questionar as três últimas), ganha um beijo.

E como diz minha querida Marcela Leite, tem que ser como o BBB.
Me diz em quem você votou e por quê.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

faz

"Sometimes you have to be apart from the people you love, but that doesn't make you love them any less. Sometimes it makes you love them more."

E faz. E faz, pois memórias te refrescam a beleza do sorriso.

E faz, pois a saudade te permite um olhar de longe; onde as montanhas são mais bem desenhadas, o oceano é mais azul e o céu mais brilhoso - tu ficas ainda mais encantador quando posso te lembrar distante. Quando posso te lembrar encostado no pilar, numa prosa, naquela postura que só tu ficas tão charmoso.

Faz, pois a saudade é conectada ao amor que é proporcional à distância. Quanto maior a quilometragem, maior ainda o lado de dentro. O lado de dentro que quanto mais quieto tem de ficar, mais gritos quer soltar.

Faz. Simplesmente faz.

sábado, 24 de setembro de 2011

umbichinhochamadoamor



Ainda consigo sentir o teu abraço quando nos despedimos. Apertado e eterno. Eterno em minha mente, pois a realidade é que foi um abraço tão rápido quanto um raio – um certo tipo de disfarce para a dor que o contemplava.

Encontrei esse bichinho da forma mais pura que se pode haver: da construção. Tijolo por tijolo, cimento por cimento. Cada pedacinho colado com outro de maneira mágica e simples. Primeiramente, a simpatia instantânea, nos fazendo sorrir gratuitamente a cada olhar que se encontrava. Grudada a ela, a compatibilidade em visão de vida e música. De mãos dadas, a sintonia – ah, a sintonia! Essa que o porquê nós nunca entendemos e nem nunca iremos. Simplesmente porque não se explica, se sente e se vive. E como vivemos!

Durante aproximadamente 180 dias, vivemos praticamente – ao meu ver, claro – uns 15 anos de cumplicidade, respeito, confiança, segurança, dedicação e admiração. 180 dias viraram 15 anos tamanha intensidade e vontade de que se torne real. Desejo esse impossível diante de uma realidade devastadora; diante de um destino que nos pregou peças e nos colocou em posições totalmente impossíveis e inadmissíveis vistas de um olhar de cima.

E em frente a esse dia, o qual o mesmo destino que nos colocou lado a lado nos separou, eu agradeço a Deus por mais uma oportunidade em amar. Em amar alguém cujo sorriso me encanta, cujas palavras me emocionam e cujos atos me tiram o ar. Jamais fui tratada com tanto carinho, zelo e dedicação. E uma parte de mim insiste em crer que não haverá mais ninguém como você – que me faça te amar, te desejar, te respeitar e te cuidar, tanto quanto eu fiz.

O segredo é que eu não achei que fosse sofrer dessa maneira novamente. Me coloquei como dona dos meus sentimentos, crendo que poderia dominá-los a qualquer momento. Tola. Tola que fui! A cada olhar que já não se cruza mais, um pedaço dentro de mim sangra. A cada mensagem não enviada uma lágrima teima em querer sair do seu ninho. Dói não ter em meus braços, dói sentir o cheiro e não poder tocar, dói amar e não poder continuar. Continuar uma vida que dentro de mim estava feita, uma vida com tantos planos frustrados por uma condição indesejada.

E mesmo diante de todos esses segundos cruéis de meu dia, eu agradeço. Agradeço por ter encontrado uma pessoa linda que me fez sorrir tanto. Agradeço por não ter tido medo de sofrer – se o mesmo tivesse me dominado, não teria vivido essa história que quero levar pra sempre. Essa história que, mesmo subjetivamente, incorreta, foi tão certa aos nossos olhos. Tão intensa e amorosa.

Se conselho fosse bom, não era de graça – não é o que dizem por aí? Mas fica a minha mensagem e a lição que eu aprendi com mais um episódio de vida: não tenha medo de sofrer. Você pode estar perdendo ouro enquanto teme. E esse ouro vale por uma vida toda, mesmo que dure apenas alguns dias.

Ficaram as canções, e você não ficou. Roberto tem sempre razão. Principalmente quando diz que ele canta sobre amor, porque é só sobre isso mesmo que ele sabe cantar.

E vale outra coisa na vida que não o amor?!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

diadoescritor



"...não é mais o escritor que está em processo de extinção, mas sim o leitor que está em fuga desabalada. (...) ...inspiração é o que não falta aos que escrevem. A loucura, o vício, a paixão, ah! eu teria que ter o fôlego de sete vidas, assim como os gatos, para escrever sobre esse mar oculto." Lygia Fagundes Telles


Óbvio que seria Lygia a citada nesse dia. Ela, que consegue transmitir os sentimentos mais puros e bonitos de forma leve, poética e bastante peculiar.

A palavra, que pra mim, encanta e desencanta. Ela tem o poder de separar os mais apaixonados casais - mas também os reúne imediatamente se bem escolhidas e colocadas. As palavras, assim como as fotografias, eternizam momentos. Eu particularmente amo cartas. Pelo poder que elas possuem de eternizar sentimentos tão intensos e bonitos.

Amo diálogos falados, veja bem. Não desmereço uma boa conversa olho no olho. Tudo tem sua hora e seu valor. Mas tem algo mais gostoso do que reler uma carta ou um bilhete de dez, quinze anos atrás e lembrar exatamente o que sentia naquele exato momento?

E o bilhete é escrito à mão, pra ficar mais íntimo e pessoal ainda.


"As palavras seduzem, encantam, aproximam - e por isso são realmente perigosas. Porém as palavras também chocam, horrorizam e distanciam - e aí passamos a correr outro tipo de perigo, o da não comunicação, da incompreensão. Deus é silencioso, mas principiou tudo com o verbo: toda palavra, falada ou escrita, está cheia de inferno e céu. As palavras revelam. As palavras escondem. Por isso, toda palavra é, em si, um mistério. O (claro) enigma que falava o nosso poeta. As palavras tem, ao mesmo tempo, um significado raso e outros, bastante profundos. As palavras são (ainda bem!) ambíguas. Duplo sentido: as palavras falam e não falam aquilo que estão dizendo. Lutar com as palavras é a luta mais vã."
Matinas Suzuki Jr

Lutar com as palavras é a luta mais vã.
Uma vez dita ou escrita, jamais será apagada.

E tem coisa mais valiosa que espontaneidade e sinceridade humana?

Feliz dia do escritor aos que dedicam a vida à coisa mais linda que existe: a palavra.

domingo, 19 de junho de 2011

theycallittheblues

Acho que eu evito muito da vida por memórias que não quero desenterrar.

Perder dói. Lembrar da perda dói mais ainda. Talvez... seja um processo de negação. Talvez seja falta de maturidade em questões básicas do manual de viver: a gente nasce, vive e morre. Ciclo natural em todos os aspectos do respirar. Aceitação então é sinônimo de maturidade? É sinal de grandeza? Eu sou obrigada a aceitar então que é justo perdermos quem amamos? Que tipo de justiça é essa?

Desumana. Sentir requer a queda de máscaras para a mostra de vulnerabilidade. Sentir é pros fortes, que me desculpem vocês que acham fácil amar, como se o ato (pra muita gente ainda é um ato! ah, tolos...) fosse simples como comer o cereal todos os dias no café da manhã. Amar requer força para um conhecimento que vai além da sua cor preferida. Amar exige uma maturidade absurda de libertar quando necessário.
Quem consegue deixar livre o objeto de desejo?

Por isso eu digo e repito todos os dias de minha vida: amar é pros fortes. É fácil sentir paixão, ficar sem ar, explodir de tesão em qualquer lugar. É fácil demais se desesperar por um beijo. Difícil é se permitir sentir aquela leveza ao segurar a mão - um ato aparentemente simples, mas tão intenso e significativo que nos tira o chão e nos leva para um momento imensurável: o da segurança e tranquilidade. Amor é leveza. É aquela brisa no fim de tarde do verão.

E essa leveza, poucos conseguem sentir. O restante está muito ocupado tentando sentir as trovoadas, tentando ser levado por uma correnteza que nos dá prazer instantâneo sim; mas não nos proporciona a plenitude que é ter o prazer prolongado, que vem aos poucos, que nos impulsiona à um sono tranquilo e confiante de que o amanhã sempre será garantido, apesar de tudo.

Aceitar que essa grandeza tem fim, isso sim, é difícil. Aceitar que o inenarrável - aquele onde nos agarramos e tivemos fé que seria um pilar por tempo indeterminado - vai acabar; a vida é isso e nossa impotência diante de desejos e sentimentos é tão grande que não há meios de lutarmos contra. Não há meios de intervir na única certeza que temos enquanto vivemos: o fim.

Preferia ser fraca e lidar com a morte de períodos como lidam os que sentem paixão - ou qualquer outro sentimento similar. Preferia ficar sem fôlego por tempo determinado. Preferia o superficial. Pois admitir força e sentir essa tristeza aguda todos os dias por uma perda real que foi escolhida única e exclusivamente por mim... oh, it breaks my heart.

Admitir e escolher libertar é infinitamente mais dolorido que ser libertado.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

theydontknow

Sabe como é? É como quando estou contigo, a sensação é de um outro mundo totalmente diferente. Aquele lugar se transforma em outra vida que, de fato - e que fato! -, não existe. É tudo mentira, e é aquela mentira gostosinha em que nos apegamos quando não queremos acreditar na vida que temos de verdade. Acredito que seja a nossa realidade mesmo, isso me faz sentir assim. A idéia do mundo paralelo. Eu realmente sinto como se fosse algo à parte - e hoje, mais do que nunca, eu queria me livrar da minha vida de Manu e só ser a Manu que existe neste outro maravilhoso mundo. Esquecer contas a pagar, esquecer que devo ligações, esquecer satisfações, esquecer superações diárias, esquecer responsabilidades, expectativas, medos, frustrações, incertezas... só esquecer.

E viver neste mundo onde as flores são mais coloridas e o ar é mais puro. Onde não existe mais nada além de você, eu e o amor que sentimos. Onde máscaras não são necessárias e muito menos injeções dessa falsa liberdade que a vida real nos impõe. Onde bondade e ingenuidade são gratuitas e sem nenhum tipo de interesse malicioso.

Eu quero abraços sufocantes e beijos intermináveis. Quero te observar sem pressa e sem medo de outros olhos estarem presentes. Quero conversas complexas infinitas na mesma proporção que desejo rir do mais tolo motivo ao seu lado - não há maior prazer no mundo pra mim do que fazer esse seu sorriso lindo nascer.

Eu quero estar onde eu possa ser eu e você, e mais nada.

sábado, 23 de abril de 2011

prettymuchit

"As palavras seduzem, encantam, aproximam - e por isso são realmente perigosas. Porém as palavras também chocam, horrorizam e distanciam - e aí passamos a correr outro tipo de perigo, o da não comunicação, da incompreensão.
Deus é silencioso, mas principiou tudo com o verbo: toda palavra, falada ou escrita, está cheia de inferno e céu. As palavras revelam. As palavras escondem. Por isso, toda palavra é, em si, um mistério. O (claro) enigma que falava o nosso poeta.
As palavras tem, ao mesmo tempo, um significado raso e outros, bastante profundos.As palavras são (ainda bem!) ambíguas. Duplo sentido: as palavras falam e não falam aquilo que estão dizendo. Lutar com as palavras é a luta mais vã."


Por Matinas Suzuki Jr.

domingo, 10 de abril de 2011

lorena

Lorena gosta das noites de sábado em casa. Nelas, ela não está cansada. Nelas, seus olhos não insistem em fechar a cada página virada de um livro. Nelas, seu corpo não suplica por descanso. Nelas, as madrugadas são longas e silenciosas.

O barulho da chuva lá fora é poético e acolhedor. Acolhe Lorena como uma nuvem protege seu anjo. Acolhe com a inspiração de textos absorvidos; de palavras engolidas com gosto; de vocábulos soltos em uma mente perturbada em tantas teorias utópicas e ao mesmo tempo tão reais e plausíveis.

Sozinha. Hoje, só, Lorena está tagarelando. Está poetizando. Analisando. Está verbalizando... andando... andando... e está sóbria, o que é pior! Ela precisa perder um pouco da lucidez, que a tem acompanhado todos os dias de sua vida nos últimos meses. Sair um pouco de si, embora ela realmente não goste de perder o controle de suas ações – e principalmente – de suas palavras. Mas hoje, excepcionalmente, está sentindo essa vontade.

Enquanto as horas passam, Lorena espera por algum tipo de inspiração que arranque de sua alma toda essa junção de sentimentos e vontades. É um misto de paradoxos e redundâncias. Coisas definidas e não definidas. A imaginação luta contra a realidade. Ou a realidade luta contra a imaginação? É um bocado de plano e força pra sonhar, e falta de força pra chegar ao fim (fim? depende do ângulo). Falta força e coragem pra lutar com garra e alcançar o que no momento é inatingível, mas no fundo nós sabemos que se fizermos o mínimo de esforço, conseguimos atingir.

Sobra medo da falha. Ou medo do tempo de espera. Sobra – e como sobra! – ansiedade e expectativa. Ansiedade é o fraco de Lorena. Ela não tem paciência, ela tem pressa. Muita pressa. Imediatismo a trava, é o que a impede, é o que tira sua força de tentar o sonho.

Sobre desejo e falta permissão. Permissão de voar por entre os picos de atrações. Desejo de concretizar o imaginado.

Sobra tempo e falta paciência.

Lorena parou de fumar, mas acenderia um cigarro neste exato momento. E abriria uma garrafa de vinho para saborear cada gole da perda da sobriedade. Para talvez, no auge de sua embriaguez, ela – parafraseando Camelo – possa ter força pra sonhar e perceber que a estrada vai além do que se vê.

24 de janeiro de 2010 – 01h59.

quinta-feira, 10 de março de 2011

bomdiasóamanhã



Olívia nunca teve problemas de sono. Sempre dormiu excepcionalmente bem.

Mas nesta última noite, um susto a surpreendeu. Como de costume, deixou a janela aberta - ela gosta de sentir o sol no rosto junto com o dia nascendo. Teve um pesadelo tão forte e assustador que acordou trêmula - e paradoxalmente, dura. Seu corpo estava tenso e ao abrir os olhos, só conseguia sentir o pavor de se movimentar e perceber que aquilo era uma realidade.

Claro que tudo não passava de um sonho ruim. Mas com uma ótima imaginação sua primeira reação foi olhar pela janela. Na iluminação da lua (eram três da manhã) ela levantou prontamente pra ligar o velho televisor largado numa estante caindo aos pedaços e correu pra fechar a principal porta do seu medo. Fechava os olhos tentando se concentrar pra voltar a dormir e só conseguia reviver aquele momento tenso de perseguição e ameaças. Mas, após alguns minutos, adormeceu novamente.

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As luzes da sala principal de casa estavam claras como nunca, quase cegando nossos olhos. Mamãe anuncia a chegada do tio com as primas. E então ele apareceu, de sopetão, logo atrás. Com seu sorriso e sua felicidade que sempre foram radiantes. Ele tinha ingressos pra toda a família ver o show do Arnaldo Antunes. De onde surgiu o Arnaldo nessa história seria praticamente impossível explicar; mas isso é irrelevante. Pois além dele voltar para nós, ainda fez questão de nos presentear com um show, um perfeito programa em família.

O que na real, era quase - senão total - insignificante, perto da alegria que sua presença física e espiritual nos trazia. O tio chorava como criança, eu jamais me esquecerei de sua expressão ao dividir e soltar sua extrema felicidade.

E o mais engraçado desse sonho? Todos os meus familiares falavam e riam. Menos papai. Papai foi o único a silenciar. E isso me agradava muito mais: me fazia crer que aquela era de fato, uma visita. Pra mim. Pra nós.


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Os mortos quando silenciam dizem muito mais do que qualquer ser humano vivo, respirante, falante, atuante. Ele veio pra acalmar o pesadelo, e a menina tinha certeza disso.

Olívia acordou com vontade de se juntar à grande festa que, certamente, acontecia lá no andar de cima. Mas principalmente: despertou motivada a viver tudo que possui a qualquer custo; quis respirar cada gota de ar que chegasse até ela e celebrar as pequenas (grandes!) coisas da vida. Assim como seu pai, que em sua curta vida, fez tudo tão intensa e belamente.

Olívia acordou com saudades vazias.
Bom dia? Só amanhã.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

silenciando

Palavras que já não têm mais valor poderiam sumir; assim como o corpo humano se desintegra quando morre.