quinta-feira, 27 de agosto de 2009

tohavefaith

Eu tenho um defeito muito grande que é, ao escrever, misturar muitos assuntos e não me estender de fato em algum deles. Estou tentando ser mais calma; e confesso que apesar de todos os pontos negativos do meu atual emprego, ele me deu um pouco mais de paciência e tranquilidade ao pensar/transmitir/focar/planejar. Então, vamo lá.

Nas minhas viagens diárias pelo mundo virtual, encontrei o Doutores da Alegria. Acredito que eu nem precise explicar o que seja, já que eles são bastante conhecidos pelo mundo inteiro. Mas, na própria definição do site: "Os Doutores da Alegria são palhaços que fazem de conta que são médicos para crianças que fazem de conta que acreditam." Porém, não estou aqui para falar deles, e sim dos doentes, não importa se foram atendidos pelos palhaços ou não. No site, existe uma parte de depoimentos de pacientes, divididos por temas. Eu fui direto no 'morte' - que relata a experiência daqueles que quaase foram para o outro lado - e 'religiosidades' - que conta como a religião ajudou no processo da doença e tratamento. Sempre achei esses dois tópicos estranhamente (ou obviamente? depende da mente) ligados. Depois de muito ler e pensar, separei esses dois para citar aqui:

Nome: Beatriz
Memória: Sempre existiu essa fantasia, quem entra em coma, volta, fala o que fez, a passagem toda, não sei o que, vê luz, encontrou não sei o quê. Eu não lembro nada. Eu falei: ”Putz! Se eu tivesse morrido, eu não ia nem ter sabido! Daquela vida!”. Nada, assim, some “Fuuu!”. Desaparece. Ao mesmo tempo eu tenho essa sensação de que houve um momento em que houve uma escolha. Eu disse: “Não. Eu vou ficar”. Então você fala: “Como assim? Onde se processa? Talvez seja em você mesmo”. Muita coisa foi questionada, ao mesmo tempo eu disse: “Eu nunca fui uma pessoa religiosa”. Mas eu falo: “Putz, eu sempre... Eu não acreditei na morte não”. Eu não acreditava na morte eu acho. Porque o fato de ter vivido, e a sensação de solidão. Essa solidão era angustiante. Era uma sensação muita forte de solidão. Eu tinha uma solidão, em algum momento ali, que eu não sei...

Nome: Marlene
Memória: Eu acho que o centro me ajudou muito. Fiz um tratamento espiritual, já tive alta. (...) Passes, só passes. E estou estudando bastante a história de Jesus. (...) Lá a gente fala bastante sobre reforma íntima, que é você quem tem que procurar... Jesus falava que o tesouro dele não estava aqui na Terra. Você tem que colher coisas para seu espírito, para sua alma, porque a matéria, daqui a gente não leva nada. Então o que eu puder colher e fazer o bem, eu vou colher, vou crescer espiritualmente. Isso tem me feito muito bem, esse detalhe da reforma íntima.


Acho instigante. O engraçado, é que até os desacreditados, ao falarem da experiência de colocar um pézinho no céu, citam religiões ou Deus. Só o fato daquele parêntese - 'ah, nunca tive religião' - já diz muito sobre a fé, ou a falta dela. Não sei você, mas quando eu chegar no meu momento decisivo, acho que vou pensar muito no que tem do outro lado. Vou lamentar muitíssimo deixar esse mundo pra trás, e tudo que a vida pode me proporcionar e as pessoas que eu amo; mas, confesso que talvez eu fique excitada e curiosa pra saber o que tem naquela tal luz. E esse lado, está diretamente ligado à fé. Quem não gostaria de acreditar que ao bater as botas, vamos encontrar aquele parente querido que faleceu há alguns anos? Quem não gostaria de acreditar em algum Deus, para no exato momento de acontecer, parar de sentir medo e sentir conforto por saber que a morte não é um bicho-papão?

Essa fé provém não somente de um Deus. Essa fé é a nossa segurança.

A mente é perspicaz. Ela é um emaranhado de enigmas. E eu acredito fielmente que ela é capaz de mover qualquer sentimento - bom ou ruim -, podendo confortar o pior. Pra mim, a fé em Deus [insira aqui o Deus de sua crença] nada mais é do que a fé em si mesmo. O ser humano tem muitas dificuldades no decorrer de sua vida; e às vezes fica complicado ter forças pra pensar positivo, pra solucionar um problema, pra deixar as coisas leves. Pegue uma oração. Uma reza. Um mantra. São palavras ditas com força, com fé que alguém lá em cima vai transformar quem está aqui embaixo soltando a voz. E palavras na mente de uma pessoa tem um poder enorme. Eu creio. E essa força que acabamos pedindo à Deus [insira aqui o Deus de sua crença], acaba sendo a nossa própria força. É a nossa lavanca.

Então, independentemente de religiões, é saudável crer. Crer em algo maior do que nós mesmos. Se Deus existe ou não, eu não sei. Mas, quando chegar a minha hora, eu não quero questionar. Eu quero paz. Eu quero crença de uma continuação.

Solidão não.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

wehaveitall

Eu sempre costumei dizer pra todos - principalmente pra mim mesma - que há coisas muito maiores no mundo pra nós nos preocuparmos com coisas mínimas que podem ser resolvidas em meia hora do nosso dia. Porque, sério. Pára pra pensar se o nosso dia a dia não tá mais pra sessão da tarde do que pra dramalhão mexicano? Eu, por exemplo. Estou financeiramente - erm, mais ou menos - estável. Tenho uma família sólida e sã. Sou saudável. Tenho mil oportunidades na mão. Tenho pessoas queridas ao meu lado. Não tá bom? Pra melhorar, só basta força de vontade e capacidade de sonhar e planejar.

E é nessa questão que quero entrar. Nos aspectos positivos. Custa focar neles um pouquinho só durante uma semana exaustiva? É tanto potencial, é tanta expectativa... Enxergar o lado bom das coisas e aproveitar dele e fazer melhor. E claro, enxergar também o pior, pra poder tirar a bunda da cadeira e fazer algo pra ajudar o mundo a crescer. Mínimas coisas. Como colocar o lixo no lixo. Deixar o idoso ou a grávida sentar no ônibus. Dar licença pra quem tem pressa. Ser gentil e não deixar o mau humor da rotina interferir na vida de outras pessoas, fazendo da irritação um círculo vicioso.

Tenho pensado em tudo isso, e quero muito aplicar no meu dia a dia. Pra deixar as coisas mais leves. E isso, eu me dei conta ao andar de trem outro dia. Trem não está mais na minha rotina, o que de fato é ótimo. Mas, quando estive nele, percebi como é bacana trocar sorrisos com desconhecidos, ser gentil e gerar gentileza. Quero impor isso todos os dias, e não deixar o stress sem motivo atrapalhar um dia que pode ser leve, simplesmente por não haver maiores preocupações do que, sei lá, passar roupa ou pagar uma conta alta de telefone.

Isso tudo - eu creio - deixam os dias pesados. E eles não precisam disso, a nossa vida não precisa disso. Os dias acabam ficando vazios. Ou melhor; preenchidos com raiva e sentimentos ruins que nos fazem dormir mal durante a noite. Então, essas pequenas ações, podem deixar os dias leves, e talvez nos ensinem a encarar as coisas da forma que devem ser encaradas: de forma real. Seu aumentar um chuvisco, sem lamuriações.

É uma tarefa simples de não enxergar além do óbvio.
Mas que o ser humano insiste em complicar, sabe lá porque.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

itsonlylove

Certas idéias, quando aparecem em rascunhos, eu tento e tento colocá-las em palavras em conjuntos, em textos, em espaços em branco. E na maioria das vezes - senão em todas as vezes - a coisa não sai, simplesmente. Mas esse não. Esse começou por um simples scrap no orkut, e quando eu vi já estava no final de um texto digno de meu orgulho. Porque é raro sim, eu ter orgulho de minhas escritas, mas desse eu tenho. Se tem a ver com as palavras escolhidas, eu não sei. Eu creio que tenha a ver mais com quem inspirou do que com o inspirado. Fica a seguir então, meu último filho...




Feliz vida, minha coisinha encaracolada! Pra mim você vai sempre ser a menina de cachos que dança pra carajo. E que se mata pra aprender física e chora quando não consegue entender a matéria. A que dança como se ninguém estivesse olhando - embora quando dance, todos parem pra olhar. A palavra mais sensata que tem no meu vocabulário é Samara! É Samara Henialy Mandu Teixeira, e isso ninguém me tira, dos 12 até a morte! Porque a gente se soca, mas quem cuida dos meus ferimentos depois é você, e eu dos seus; então, tá valendo todo esse monte de atrito que passamos às vezes. Vida sem emoção nem tem graça... graça caminha com sensata! As duas de mãos dadas num conjunto dado como Samara! Porque não tem pessoa com mais graça do que você.

Não tem risada mais forte e mais dolorida - mas a dor boa! - do que a risada causada por ti. Sensata, graça e determinação. Porque quando queres algo, vais até o inferno, mas consegues o almejado. E consegues de forma limpa e honesta! Honesta. Nesse emaranhado todo de palavras que definem, honesta talvez seja a mais forte! Porque não há palavra mentirosa que saia de ti, só palavra limpa! Limpa e cristalina! E isso, num mundo sujo como o que temos hoje, é de dar orgulho de ver! Orgulho. Orgulho é uma palavra que não mora em ti, mas mora em mim quando falo de ti. A gramática é igual, mas a definição difere. Porque é orgulho que sinto quando falo em ti! É orgulho de te ter, tão forte e única do jeito que és, em minha vida! É orgulho de poder ouvir tuas palavras nos momentos duros, as palavras mais reais que alguém pode e deveria ouvir. É orgulho de poder dizer as minhas palavras também, e saber com absoluta certeza de que elas não são mal interpretadas. Porque - até no tapa! - a gente se entende.

E a cada ano que passa eu sinto mais orgulho de te preservar comigo, diante de tanta sujeira. De tanta porta fechada. De tanto desapontamento. Sensata, graça, determinação, honesta... são poucas palavras que definem quem tu és, diante da grandiosidade que tem por trás. Não só por trás, porque tu demonstras pro mundo ver e isso é digno de quem merece ser visto! E tu mereces ser vista! Teu futuro é brilhante porque tu estás fazendo o agora ser brilhante. E esse brilho, eu vou fazer questão de ajudar a manter aceso, em quaisquer circunstâncias.

Feliz vida todos os dias, felizes vidas, cada uma, cada fase, que seja antes de mais nada - FELIZ! Não guardes este sorriso, exponha pra todos verem e os terá de volta duplicados!

De quem te ama, te cuida, te admira...