segunda-feira, 26 de setembro de 2011

faz

"Sometimes you have to be apart from the people you love, but that doesn't make you love them any less. Sometimes it makes you love them more."

E faz. E faz, pois memórias te refrescam a beleza do sorriso.

E faz, pois a saudade te permite um olhar de longe; onde as montanhas são mais bem desenhadas, o oceano é mais azul e o céu mais brilhoso - tu ficas ainda mais encantador quando posso te lembrar distante. Quando posso te lembrar encostado no pilar, numa prosa, naquela postura que só tu ficas tão charmoso.

Faz, pois a saudade é conectada ao amor que é proporcional à distância. Quanto maior a quilometragem, maior ainda o lado de dentro. O lado de dentro que quanto mais quieto tem de ficar, mais gritos quer soltar.

Faz. Simplesmente faz.

sábado, 24 de setembro de 2011

umbichinhochamadoamor



Ainda consigo sentir o teu abraço quando nos despedimos. Apertado e eterno. Eterno em minha mente, pois a realidade é que foi um abraço tão rápido quanto um raio – um certo tipo de disfarce para a dor que o contemplava.

Encontrei esse bichinho da forma mais pura que se pode haver: da construção. Tijolo por tijolo, cimento por cimento. Cada pedacinho colado com outro de maneira mágica e simples. Primeiramente, a simpatia instantânea, nos fazendo sorrir gratuitamente a cada olhar que se encontrava. Grudada a ela, a compatibilidade em visão de vida e música. De mãos dadas, a sintonia – ah, a sintonia! Essa que o porquê nós nunca entendemos e nem nunca iremos. Simplesmente porque não se explica, se sente e se vive. E como vivemos!

Durante aproximadamente 180 dias, vivemos praticamente – ao meu ver, claro – uns 15 anos de cumplicidade, respeito, confiança, segurança, dedicação e admiração. 180 dias viraram 15 anos tamanha intensidade e vontade de que se torne real. Desejo esse impossível diante de uma realidade devastadora; diante de um destino que nos pregou peças e nos colocou em posições totalmente impossíveis e inadmissíveis vistas de um olhar de cima.

E em frente a esse dia, o qual o mesmo destino que nos colocou lado a lado nos separou, eu agradeço a Deus por mais uma oportunidade em amar. Em amar alguém cujo sorriso me encanta, cujas palavras me emocionam e cujos atos me tiram o ar. Jamais fui tratada com tanto carinho, zelo e dedicação. E uma parte de mim insiste em crer que não haverá mais ninguém como você – que me faça te amar, te desejar, te respeitar e te cuidar, tanto quanto eu fiz.

O segredo é que eu não achei que fosse sofrer dessa maneira novamente. Me coloquei como dona dos meus sentimentos, crendo que poderia dominá-los a qualquer momento. Tola. Tola que fui! A cada olhar que já não se cruza mais, um pedaço dentro de mim sangra. A cada mensagem não enviada uma lágrima teima em querer sair do seu ninho. Dói não ter em meus braços, dói sentir o cheiro e não poder tocar, dói amar e não poder continuar. Continuar uma vida que dentro de mim estava feita, uma vida com tantos planos frustrados por uma condição indesejada.

E mesmo diante de todos esses segundos cruéis de meu dia, eu agradeço. Agradeço por ter encontrado uma pessoa linda que me fez sorrir tanto. Agradeço por não ter tido medo de sofrer – se o mesmo tivesse me dominado, não teria vivido essa história que quero levar pra sempre. Essa história que, mesmo subjetivamente, incorreta, foi tão certa aos nossos olhos. Tão intensa e amorosa.

Se conselho fosse bom, não era de graça – não é o que dizem por aí? Mas fica a minha mensagem e a lição que eu aprendi com mais um episódio de vida: não tenha medo de sofrer. Você pode estar perdendo ouro enquanto teme. E esse ouro vale por uma vida toda, mesmo que dure apenas alguns dias.

Ficaram as canções, e você não ficou. Roberto tem sempre razão. Principalmente quando diz que ele canta sobre amor, porque é só sobre isso mesmo que ele sabe cantar.

E vale outra coisa na vida que não o amor?!