sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Tempo vem somar

É, ultimamente eu tenho deixados os grandes da literatura e da vida dizerem por mim aqui.

Talvez porque me faltem palavras diante de um momento pacífico, ao mesmo tempo que turbulento. E qual escrita fica bela se não há sofrimento, não é? Não há beleza maior que colocar boniteza numa dor que parece inútil diante que cremos não mais fazer sentido.

Já disse Danilo: "Deixei de escrever sobre uma vontade de que ela me ligasse no meio da noite pra perguntar como vão as coisas. E passei apenas a senti-las, eu como moleque que sempre fui, nunca imaginei que poderia fazer isso, preferia escrever, mostrar ao mundo o que eu estava sentindo,(...)".

Eu sempre preferi escrever, escrever, escrever... e literalmente escrever: papel, caneta, rabiscos em palavras erradas e pedacinhos de folhas pelo quarto por ter rasgado um rascunho mal feito. E por um bom tempo, deixei as palavras serem substituídas por sentimentos e momentos. Esses que eu simplesmente não conseguia depôr em alguns vocábulos e frases bem colocadas.

Acho engraçado - e questionável - isso tudo. As palavras fogem quando nós mais queremos divulgá-las. Quando nós mais queremos que elas sejam divididas pra mostrar por aí que felicidade existe sim, e tá aqui ó, pra comprovar. Já a tristeza sai numa facilidade que só... numa melancolia que só... numa boniteza de texto que só. Poderia extender isso aqui e dizer mil e um motivos disso tudo acontecer. Mas no final... eu acho que acredito que os bons momentos ficam na memória de quem quer tê-los. E os maus... estão escritos pra gente ler e lembrar que ah, não era tão ruim assim.

We're still here...

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