segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Na visão aberta

Incontrolável a minha vontade de pegar na tua mão, de te dar o braço, de andar abraçada, de tocar no teu rosto. Pior ainda é não poder te olhar nos olhos, porque eu corro risco de não segurar minha vontade incomensurável de encostar meu lábio no teu.

É como se minha pele clamasse pela tua sem ao menos chegar relativamente perto. É como se a consciência da tua presença - mesmo a metros de distância - ativasse minha mente e meu corpo, fazendo-os suplicar por um suspiro, um olhar, um toque, um beijo.

A cada segundo em que o castanho avista o esverdeado, tudo ao redor paralisa e vira obsoleto perto do que há por trás de tanta imensidão e desejo. Desejo contido, impróprio; mas tão forte e honesto que mal se importa com os olhos curiosos em volta.

A percepção do óbvio acaba sendo subestimada pela razão tão injusta e desumana com vibrações tão puras.

É tudo tão humano, demasiadamente humano...

3 comentários:

lucas disse...

não sei quem é o homem (ou mulher) prá quem vc escreveu isso, mas se o (a) mesmo (a) não levar em consideração as suas palavras, definitivamente é um (a) idiota

|| Carol || disse...

acho que o Lucas - seja ele quem for haha - disse tudo o que eu poderia dizer. apesar de sabermos que a vida não é assim tão simples, e que as vezes não é questão de levar em consideração ou não.

Linuxdesk disse...

Romantico e Profundo esse texto