terça-feira, 26 de janeiro de 2010

cartaaumagrandeamiga

Esse post na verdade é um recado de orkut. Começou como um scrap, e se estendeu - como eu mesma defini - como carta. Por enquanto são duas, e quem sabe um dia, eu poste a primeira. Mas, fica aqui meu último rabisco, à uma grande companheira.

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Ah, bicho... mas você não me explicou o tombo!
Sei lá, me sinto meio bossa na década de 70, entende? Ou rock 'n roll. Uma coisa meio Rita Lee escrevendo pra Elis nos tempos de prisão. Ou melhor, Elis escrevendo pra Rita. Cartas que ficarão pra sempre agora são scraps... nada poético, eu diria. Aliás, de atraentes, scraps não têm nada. Têm de idiotas, isso sim. Cadê o charme dos garranchos em tinta no papel? Tão romântico. Cadê o romantismo, minha gente? Só lamento o fato de tudo ter se tornado tão obsoleto. O que antes era precioso, e guardava história pro futuro; hoje se tornou banal. Rascunho mal escrito por gente que nem pensa no que escreve, ou nem escreve no que pensa.

E eu tento manter o mínimo de beleza no que há de mais puro nessa vida tão ridícula que se tornou o mundo. As palavras. Engulo-as com fome de trinta e duas horas sem refeições. Saboreio-as como uma criança experimenta seu primeiro brigadeiro da vida. E a cada vocábulo digerido, tento entender um pouco mais do ser humano. Um pouco mais desse mistério todo. Um pouco - um bocado, na verdade - do que um olhar realmente diz enquanto fita outro olhar. Há tanto num olhar como há na imensidão do mar.

Quem questiona? Quem nunca parou ou nunca se instigou em olhares, certamente. Tolos, eu diria. Tolo é quem nunca se apaixonou por um olhar. Por uma mensagem tão indescritível como a escrita num olhar. Mas náo sei exatamente o porquê de ter desembarcado nesse assunto. Só sei que nesse infinito de possibilidades, só o que quero é sentir! Demasiado. Humano. Tudo isso é simples... é demasiado humano! E como forma de nós mesmos, só temos que admitir o que somos e abraçar cada virtude que nos é dada.

Bicho, eu não sei exatamente porque essas palavras saem pra você, ou saem por aqui, ou saem sei lá porque. Eu só sei que saem, e se são palavras, me são válidas. E deveriam ser pro mundo. Pra novos ângulos de vida, de fé, de plenitude. Plenitude. É tudo que eu peço e desejo primeiramente a mim, e depois aos que amo.
E que seja assim; pra nós, e pra todo o resto.

Um comentário:

Sirius disse...

Que assim seja :)
Gostei de seu post... o romantismo anda se perdendo no mundo, mas não em mim... ainda aprecio cartas, ainda saboreio a vida. Na verdade voltei a fazer isso recentemente. E acho que todos deveriam experimentar :)
Beijão Julia!