segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

bomsensopoético

Minha cabeça está perto de explodir, acho que é enxaqueca. Mas essa voz não me sai da mente. É uma voz melódica, porém reta. É uma voz radiante, porém limitada.

Sabe o que é?! Bom senso poético! O bom senso poético não me sai da cabeça. Porque ela, eu definiria assim, como bom senso poético. Aquele que é totalmente racional, porém, não é rude. Dom de raros. Dádiva de poucos. Aquele que sai ritmado. As palavras quase rimam, se você prestar bem atenção na forma como elas são soltas. É como uma bossa. Uma gostosura de se ouvir, tudo se encaixa perfeitamente. Melodia, harmonia, palavra. Letra por letra, uma do lado da outra formando um quadro perfeito, sem nenhuma imperfeição.

É uma parte do quebra-cabeça que se sustenta sozinha. Faz falta sim. Se eu dissesse que não, estaria mentindo. Mas faz, e como faz! Eu era agraciada por Deus, por ter tanta doçura em minha vida. Eu era sortuda, eu tinha um pilar. Eu possuia uma raridade em minhas mãos.

Brincar com a sorte dá nisso, sempre. Eu muitas vezes afirmei. Era cena de um filme o qual já tinha visto diversas vezes, como Hayley Mills em The Parent Trap. Sabia de cor e salteado. Let’s get together, yeah yeah yeah, why don't you and I combine? Mas como toda película, teve seu final.

Arrependimento? Não. Definitivamente não. Onde é que eu estaria, não fossem meus erros que sustentam o degrau onde me encontro nesse momento? Lá embaixo, certamente! Escolhas são renúncias. Renúncias são escolhas. Então, assim seja!

Bom senso poético. Palavras redobradas dia após dia... ele permanece vivo, sim. Nas minhas ações, nos meus pensamentos, nas minhas inspirações numa madrugada quente. Num passeio gelado em tardes na avenida Paulista. Nos mergulhos em céu aberto enquanto as ondas batem num movimento contínuo. Contínuo... quem é que determinou o final mesmo?! É tudo contínuo! Como os remakes. Heyley Mills foi substituída por Lindsay Lohan na nova geração. Nada é definitivo, meus senhores! Graças aos céus. Graças aos deuses. Graças à aquilo que te dá fé numa continuação!

Contínuo e melódico!
Como sempre foi, como sempre será...

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